A proibição das apostas e dos jogos de azar no Brasil

O surgimento dos Cassinos é datado aos anos remotos do Brasil Império e, até o ano de 1946, viveu alguns altos e baixos. Sofreu um contratempo em 1917 sendo proibido, até que em 1934 com Getúlio Vargas voltou a ser permitido. O golpe final, porém, veio no ano de 1946 e a responsabilidade dessa proibição recai aos ombros de uma importante mulher: Carmela Leite Dutra e a sua devoção aos valores pregados pela igreja católica, considerando as apostas, em geral, uma atividade pecaminosa, antro da perdição e atravessador dos valores cristãos formadores da unidade da família brasileira.

Dona Santinha, como era conhecida, tratava-se da esposa do nosso presidente na época: Eurico Gaspar Dutra. Boatos dizem que em uma noite de carícias, onde o amor definitivamente estava no ar, a primeira dama pediu ao nosso presidente três desejos, são eles:  a proibição dos jogos de azar, a construção de uma capela no Palácio Guanabara e a obliteração completa dos partidos comunistas (Marxistas do nosso Brasil uni-vos :D).

Essa história rendeu, entre os amigos íntimos do presidente, o ridículo apelido de gênio da lampada e não por menos, no mesmo ano de 1946, veio o  Decreto-lei 9215/46 proibindo a exploração ou a prática de jogos de azar em todo o território nacional. Nesse período fecharam 70 cassinos e despediram cerca de 40.000 empregados.